Ilustração: Belmont
Campinas, em
1857, tinha um "Grande Carnaval", pasmem, para assísti-lo vinha gente
de todo o interior, hoje "Região Metropolitana de Campinas" e até
mesmo de São Paulo e da Côrte, e para ignorância de muitos posso afirmar
categoricamente que houve época em que nosso Carnaval superava o proprio
"Carnaval Carioca". Nesta época o "Carnaval Campineiro"
representava o poder e a riqueza dos Barões do Café. Tempos em que Campinas
experimenta, uma importante fase de transformação econômica, com base no
florescimento da cultura cafeeira e escravista no Oeste paulista. Quanto ao
"Carnaval Campineiro" florescem espaços festivos e carnavalescos,
para a diversão da abastada e escravista "Elite Campineira" da decada
de 50, do século XIX. A "Elite Campineira" importa o Carnaval
Veneziano, que a partir de 1854 passa ser imposto, pelo poder público e
imprensa local, como forma civilizada de festejar o carnaval, em oposição a
barbarismo do Intrudo. E é exatamente em 1854 que começa a historia do nosso
carnaval, em uma terra de Barões, Negros Africanos escravizados, burros, bois e
café .... Ah! O Café. Tempos áureos quando o dinheiro corria fácil e se
estabilizou posteriormente, nas décadas de 40 e de 50, com os famosos cordões e
blocos. Era um Carnaval com muito "Lança-perfume, confete e
serpentina", onde a animação era o público. Nesta época ninguem
economizava com o carnaval, gastavam muito dinheiro, porque o dinheiro entrava
fácil o café estava por cima.
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